Três homens estão internados sob escolta policial. Outros três já estão presos e serão submetidos a audiência de custódia marcada para as 13h desta quarta-feira.
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Na manhã de ontem, 11, o sargento reformado Márcio Macri e o ex-soldado Leandro Ribas foram até a cidade cobrar uma dívida de mais de 300 mil reais do corretor de imóveis Eurípedes Augusto.
Este, que já havia registrado boletim de ocorrência relatando ameaças contra si e sua família, chamou três homens armados para fazer sua proteção.
Quando os dois PM’s chegaram no imóvel de Eurípedes houve troca de tiros.
Veja o vídeo:
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O ex-soldado Ribas foi baleado na cabeça. O sargento Macri escapou ileso e conseguiu disparar contra três pessoas: o corretor, que sofreu fratura exposta no braço e dois dos homens contratados por ele, Laércio Marques, ferido no tórax e no rosto e Paulo Sérgio Vieira, atingido no ombro. O terceiro homem não se feriu.
Três pessoas foram apresentadas na delegacia: o sargento, e dois homens contratados pelo corretor: o que não se feriu e o que foi atingido no ombro, já que foi medicado e liberado.
O delegado avaliou imagens captadas por câmeras de segurança e não ficou convencido da tese de legítima defesa adotada pelo sargento Macri.
Em sociedade, os policiais militares – um reformado e outro expulso da corporação – abriram uma firma de cobrança.
Nesta terça eles estavam a serviço do advogado Antônio Laraia, pra quem o corretor Eurípedes deve R$ 317 mil reais em honorários advocatícios.
CBN
Laraia confirma que contratou “cobradores”
O advogado Antonio Luiz Pimenta Laraia confirmou ao jornalista Leonardo Concon, do Diário de Olímpia, em entrevista na noite da terça-feira, 11, que é o contratante dos cobradores que vieram à Olímpia, na manhã do mesmo dia, e que se envolveram em confronto com tiros, inclusive disparados em plena Rua Senador Virgílio Alves, atrás do Posto Cergal, na residência de Eurípedes Augusto Mello, 58, o Euripinho.
Foi uma cobrança de honorários, segundo ele, no valor de R$ 317.797,08. No parágrafo segundo do contrato com os cobradores, a cobrança deveria ser, sempre, pelo menos da parte deles, de forma “pacífica e idônea”.
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“Eles são especializados em cobranças extrajudiciais, são conhecidos pela sociedade de Rio Preto, não são marginais e nem capangas. Todos me conhecem, e nem teria sentido ordenar disparos no meio da rua, o contrato com eles reza cobrança sempre pacífica, amigável, que é o normal entre pessoas civilizadas. Euripinho me deve, os documentos estão aí, ninguém está cobrando dobrado, são ações em que o defendi e quero os meus honorários, inclusive vou colocar o cheque que ele me deu em garantia, em cobrança judicial”, disse o advogado.
Segundo o advogado, em linhas gerais, Eurípedes mantinha com ele contrato de prestação de serviços. Primeiramente, com pagamento mensal de quatro salários mínimos e a condição de, nas demandas, o advogado cobrar metade dos honorários como determina a tabela da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Depois, Euripinho não concordou e disse que pagaria R$ 2 mil mensais, daí o advogado cobraria honorário ‘cheio’, não mais com descontos, o que foi feito.
Quanto ao cheque de R$ 350 mil, que acreditava-se que o cobrador estaria exigindo um pagamento em duplicidade, o advogado Laraia esclarece: “Em um determinado momento, Euripinho precisou de R$ 350 mil e a minha esposa Cláudia, que tinha uma reserva, lhe emprestou. Em garantia, deu um cheque. Endossado pela irmã Aparecida Augusta Mello. Euripinho pagou normalmente, sem reclamar, mas deixou o cheque em garantia porque havia outras demandas em que eu o defenderia”.
Ocorre que, segundo o advogado, as dívidas de honorários foram se acumulando e Euripinho, segundo ele, “até evitava atender os meus telefonemas. Cheguei a enviar uma notificação, que foi recebida (ele mostrou o comprovante AR dos Correios ao jornalista) e, posteriormente, sem resposta e sem pagamento, enviei um ofício de renúncia de ser seu advogado, já que não recebia honorários, o que também foi recebido por AR dos Correios pela família, assinado também pela irmã Aparecida Augusta Mello.”
E concluiu Laraia: “Eu não tenho nada a esconder, só lamento pelo ocorrido, os dois profissionais por mim contratados há cerca de 20 dias, para essa cobrança extrajudicial, são pessoas honestas, bem conhecidas pela sociedade rio-pretense, lamentável que ocorreu esse tiroteio e que um deles esteja à beira da morte, inclusive”.
Na entrevista ele mostrou os documentos e disse que os apresentará, oportunamente, ao delegado que cuida do caso, em Olímpia.
iFolha e Diário de Olímpia
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