O dedo de Lucas Henrique só não foi arrancado porque os bombeiros desmontaram o brinquedo para poder tirá-lo. O acidente aconteceu anteontem. “Precisam entender que lá não é um depósito de crianças. Os brinquedos precisam ser seguros”, diz a mãe, a vendedora Silvilene Aparecida dos Santos Silva, 33 anos.
O menino foi levado ao Hospital de Base (HB) e o dedo foi reimplantado, o que não garante que o membro voltará ao normal. “O médico nos disse para aguarmos e rezarmos para que fique bom. Caso contrário terão de arrancar. Agora só nos resta esperar”, afirma a mãe.
A vendedora culpa a falta de manutenção dos equipamentos da escola pelo acidente. Ela diz que vai processar a Prefeitura pelo ocorrido. Além de Lucas, ela tem uma filha de 4 anos matriculada na mesma escolha. “Não tenho o que reclamar de professores e da direção da escola, o que me deixa indignada é a falta de cuidado com os brinquedos. A Prefeitura tem de verificar com frequência esses problemas para que ninguém se machuca.”
A falta de manutenção apontada pela mãe não é exclusividade da escolinha onde Lucas se acidentou. Na tarde de ontem, a reportagem encontrou diversos tipos de equipamentos públicos quebrados em áreas livres de Rio Preto, como praças e a Cidade da Criança. Os principais problemas estão localizados na Cidade da Criança, maior espaço de lazer destinado aos pequenos e de responsabilidade da Prefeitura
Outro lado
A reportagem esteve na escola Maria Marcolina, porém a direção afirmou que não vai se pronunciar sobre ocorrido. A entrada da reportagem na escola não foi autorizada. Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que todos os brinquedos mantidos em escolas e creches do município recebem manutenção periódica. A pasta disse ainda que lamenta o ocorrido e que assim que tomou ciência do acidente acionou o resgate do Corpo de Bombeiros e avisou os pais da criança.
Perigo em locais públicos
Brinquedos quebrados, com peças soltas e madeiras lascadas fazem parte do dia-a-dia da Cidade da Criança. No raio-x do lugar constam 230 brinquedos, porém nem todos estão à disposição das crianças. Em muitos faltam balanços e gangorras. Na ponte de madeira de um dos brinquedos duas tábuas estão faltando. Há três meses a reportagem esteve no local e constatou que o mesmo aparelho estava sem uma tábua.
Em outro, a madeira está lascada, provocando riscos às crianças. Em pelos menos dez brinquedos falta pintura. O coordenador da Cidade da Criança, Waldir Ferreira dos Santos, que assumiu o cargo no início do mês, afirma que já começou o serviço de pintura dos equipamentos e está fazendo um levantamento das manutenções que serão necessárias.
Fonte: Diário Web
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